Fluxo de Caixa: descubra como gerir e aplicar de maneira inteligente

Controlar o dinheiro que entra e sai do caixa é parte fundamental de qualquer negócio. No entanto, muitos empreendedores se atrapalham ao organizar esse processo.

Muitas vezes isso acontece porque quem cuida das finanças pode ter dificuldades em manter planilhas atualizadas ou até mesmo se atrapalhar com os números por não saber fazer o controle de um jeito organizado. Assim, isso acaba abrindo espaço para erros, esquecimentos, retrabalho e diversas outras consequências que podem afetar o caixa do negócio.

Para solucionar este problemas, podemos recorrer a uma ferramenta de gestão inteligente chamada Gestão do Fluxo de Caixa. Basicamente, ele é um tipo de controle da movimentação financeira de um determinado período de tempo, considerando entradas e saídas de dinheiro a partir de registros detalhados.

A Gestão do Fluxo de caixa pode ter uma visão diária, semanal ou mensal, verificando a saúde financeira do negócio. Além disso, com as suas informações, o empresário consegue elaborar um plano de negócios direcionado, calcular a rentabilidade, lucratividade e ponto de equilíbrio da sua empresa.

Como funciona a gestão do fluxo de caixa?

O objetivo é organizar as movimentações financeiras. Ou seja, as entradas (Contas a Receber) e saídas (Contas a Pagar) do dinheiro na empresa.

Além de registrar as movimentações realizadas, a Gestão do Fluxo de Caixa também deve mostrar as movimentações previstas e a classificação de cada uma delas. Para isso, ele consiste em preencher 5 partes básicas referentes ao seu negócio:

1 – Saldo Inicial – Dinheiro que está disponível no caixa e nas contas bancárias

2 – Entradas de caixa – São vendas a vista e outros recebimentos do período

3 – Saídas de caixa – São os pagamentos feitos no período

4 – Saldo operacional – É o resultado das entradas menos saídas

5 – Saldo Final de caixa – É a soma do Saldo inicial com o Saldo Operacional

  • Como aplicar essa gestão inteligente ao meu negócio?

A primeira coisa a se fazer é lançar e classificar todos os pagamentos no “contas a pagar” e todas as receitas “contas a receber”. Vale lembrar que para vendas a prazo deve-se registrar o valor líquido, descontando possíveis taxas do cartão de crédito.

Depois disso, estime os gastos ainda não lançados, tributos, folha de pagamento, contas de água, luz etc. Também é importante trabalhar com datas: tente colocar o mais próximo dos devidos vencimentos para ter um cenário real.

Caso seu negócio tenha margens de flutuação, coloque nos ganhos à vista a base média diária das vendas realizadas, considerando também as oscilações (movimento mais forte ou mais fraco).

É necessário entender  quais valores entram em cada categoria de gastos e ganhos, por isso, fique atento:

  • Recebimentos podem ser: Vendas a vista, a prazo, cheques, boletos bancários, cartões crédito ou débito, rendimento de aplicações etc.
  • Pagamentos podem ser: Fornecedores, despesas bancárias e financeiras, contadores, prestadores terceirizados, contas básicas de estadia, folha de pagamentos e encargos sociais, impostos etc.

Para concluir, o saldo final do fechamento do fluxo de caixa deve corresponder ao valor dos recursos disponíveis na data analisada. Vale ressaltar que é necessário não se perder na organização desses pontos. Ser rigoroso e ordenado é essencial. Assim, não se esqueça de:

  • Registrar diariamente as entradas e saídas
  • Projetar os pagamentos e recebimentos futuros
  • Analisar o saldo diariamente e em períodos futuros
  • Se for negativo, pense sobre a necessidade de capital de giro.
  • Se for positivo, pense sobre investimentos.

A Gestão do Fluxo de Caixa dá controle, previsibilidade e ajuda o responsável a tomar decisões de forma rápida e eficaz.